As teorias explicam os factos apelando a
causas ou fenómenos subjacentes. As teorias que não apelam a causas subjacentes
e apenas apelam à pertença a uma categoria (apenas incluem o fenómeno em uma
classe de fenómenos) são superficiais.
Exemplos:
1.
A
minha gata gosta de atum porque é uma gata. (Esta
teoria apenas afirma que os gatos gostam de atum, sem explicar este facto.)
2.
Ronald
Reagan era militarista porque era americano. (Certo,
ele era americano. Mas, em que é que o facto de ser americano o torna
militarista? O que o levou a agir dessa maneira? A teoria não nos diz isso e,
portanto, não nos dá uma boa explicação.)
3.
Estás
a dizer isso só porque pertences ao sindicato. (Esta tentativa de rejeição do
argumento pretende explicar o comportamento do opositor como manifestação de
frivolidade. Falha, no entanto, porque não é uma explicação. Suponhamos que
toda a gente do sindicato dizia o mesmo. E daí? Tínhamos de ir mais fundo —
tínhamos de perguntar por que razão toda a gente do sindicado dizia isso, antes
de podermos concluir que as afirmações do opositor são frívolas.)
Prova: As teorias desta espécie tentam
explicar um fenómeno, mostrando que ele é parte de uma classe ou categoria de
fenómenos semelhantes. Aceitando esse facto, exija uma explicação mais vasta
para os fenómenos dessa categoria. Argumente que uma teoria explicativa deve
referir causas e não apenas classificações.
Referências:
Cedarblom e Paulsen: 164.
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