Falácias
indutivas
Stephen Downes
Universidade
de Alberta
O raciocínio indutivo consiste em inferir
das propriedades de uma amostra para as propriedades de um elemento não
pertencente à amostra ou para as propriedades da população como um todo.
Suponha-se, por exemplo, que temos uma lata com 1000 feijões. Alguns são pretos
e outros são brancos. Suponha agora que retirámos da lata uma amostra de 100
feijões e que 50 eram brancos e outros 50 eram pretos. Então, podemos inferir
indutivamente que metade dos feijões da lata (500 feijões) são pretos e que a
outra metade é branca.
Todo o raciocínio indutivo depende da
semelhança entre a amostra e a população. Quanto maior for a semelhança entre a
amostra e a população como um todo, maior fiabilidade terá a inferência
indutiva. Por outro lado, se a amostra tiver diferenças relevantes face à
população, então a inferência indutiva não será fiável.
Mesmo que as premissas de um raciocínio
indutivo sejam verdadeiras, a conclusão pode ser falsa. Apesar disso, uma boa
inferência indutiva dá-nos uma boa razão para pensar que a conclusão é
verdadeira.
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