quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ataques pessoais (argumentum ad hominem)


Ataca-se pessoa que apresentou um argumento e não o argumento que apresentou. A falácia ad hominem assume muitas formas. Ataca, por exemplo, o carácter, a nacionalidade, a raça ou a religião da pessoa. Em outros casos, a falácia sugere que a pessoa, por ter algo tem algo a ganhar com o argumento, é movida pelo interesse. A pessoa pode ainda ser atacada por associação ou pelas suas companhias.
Há três formas maiores da falácia ad hominem:
1.             Ad hominem (abusivo): em vez de atacar uma afirmação, o argumento ataca pessoa que a proferiu.
2.             Ad hominem (circunstancial): em vez de atacar uma afirmação, o autor aponta para as circunstâncias em que a pessoa que a fez e as suas circunstâncias.
3.             Tu quoque: esta forma de ataque à pessoa consiste em fazer notar que a pessoa não pratica o que diz.
Exemplos:
1.             Podes dizer que Deus não existe mas estás apenas a seguir a moda (ad hominemabusivo).
2.             É natural que o ministro diga que essa política fiscal é boa porque ele não será atingido por ela (ad hominem circunstancial).
3.             Podemos passar por alto as afirmações de Simplício porque ele é patrocinado pela indústria da madeira (ad hominem circunstancial).
4.             Dizes que eu não devo beber, mas não estás sóbrio faz mais de um ano (tu quoque).
Prova: Identifique o ataque e mostre que o carácter ou as circunstâncias da pessoa nada tem a ver com a verdade ou falsidade da proposição defendida.

Referências: Barker: 166; Cedarblom e Paulsen: 155; Copi e Cohen: 97; Davis: 80.

0 comentários:

Postar um comentário