Ataca-se pessoa que apresentou um argumento e não o
argumento que apresentou. A falácia ad hominem assume muitas
formas. Ataca, por exemplo, o carácter, a nacionalidade, a raça ou a religião
da pessoa. Em outros casos, a falácia sugere que a pessoa, por ter algo tem
algo a ganhar com o argumento, é movida pelo interesse. A pessoa pode ainda ser
atacada por associação ou pelas suas companhias.
Há três formas maiores da falácia ad
hominem:
1.
Ad hominem (abusivo): em vez de atacar uma
afirmação, o argumento ataca pessoa que a proferiu.
2.
Ad hominem (circunstancial): em vez de atacar
uma afirmação, o autor aponta para as circunstâncias em que a pessoa que a fez
e as suas circunstâncias.
3.
Tu quoque: esta forma de ataque à pessoa
consiste em fazer notar que a pessoa não pratica o que diz.
Exemplos:
1.
Podes dizer que Deus não existe mas estás apenas a seguir a moda (ad
hominemabusivo).
2.
É natural que o ministro diga que essa política fiscal é boa porque ele
não será atingido por ela (ad hominem circunstancial).
3.
Podemos passar por alto as afirmações de Simplício porque ele é
patrocinado pela indústria da madeira (ad hominem circunstancial).
4.
Dizes que eu não devo beber, mas não estás sóbrio faz mais de um ano (tu
quoque).
Prova: Identifique o ataque e mostre que o carácter
ou as circunstâncias da pessoa nada tem a ver com a verdade ou falsidade da
proposição defendida.
Referências: Barker: 166; Cedarblom e Paulsen: 155;
Copi e Cohen: 97; Davis: 80.
0 comentários:
Postar um comentário